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Argentina - Deterioração entre preços e custos
Lácteos/AR – Um estudo atualizado pelo Consórcio Regional de Pesquisa Agrícola (CREA, sigla em espanhol), foi publicado pela Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento e apresentado como informação para a tomada de decisões empresariais, com subsídios para ajudar analisar, projetar e gerenciar o setor em um contexto produtivo mundial desafiador.
Em relação ao setor lácteo, o documento destaca que a produção de leite na primeira metade de 2020 foi de 4.988 milhões de litros.
Comparando com o mesmo período, este volume é 9,3% acima do verificado em 2019 e 3% acima do leite produzido em 2018, sustentando as projeções de que a produção total até o final do ano fique fr 7% a 8% maior em relação a 2019.
De acordo com um boletim detalhado do TodoLecheria, nesse contexto os empresários vinculados ao CREA, pretendem aumentar em 6% a produção de leite nos próximos 4 meses, em relação a igual período do ano anterior. E as principais razões foram fundamentais em maior conforto animal e variações nas dietas.
Os estoques e as exportações
Nos primeiros cinco meses do ano, as indústrias acumularam 25% mais estoques de produtos lácteos do que em 2019.
Estes estoques são de leite em pó (+433 mil litros) e queijos (+219 mil litros). Apesar disso, o volume se mantém 14% abaixo da média dos últimos cinco anos. No acumulado dos primeiros cinco meses do ano, as exportações cresceram 16% em volume e 29% em dólares (de US$ 311 para US$ 403 milhões), principalmente pela comercialização de leite em pó (+66%).
Evolução dos preços
Desde maio o índice de custos (IC) supera o índice de preço (IP) do leite (IP/IC). Esta relação em junho é de 0,97, similar ao valor médio dos últimos cinco anos. A variação interanual em IC foi de 51%, enquanto que o IP foi de 20%.
E se forem atualizados os preços pelo litro pago ao produtor pelo IPC, em junho houve uma queda real de 2,1% em comparação com maio. Nos últimos 12 meses o preço real pago ao produtor caiu 15,6%.