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14 de julho de 2020

Preço do leite aumenta 9,67% para o produtor de Minas Gerais

DESTAQUE
Diário do Comércio/MG

Preço/MG - Em Minas Gerais, a queda na captação de leite e a demanda maior por parte das indústrias fizeram com que os preços pagos aos pecuaristas em junho, referente à produção entregue em maio, crescessem 9,67%, com o litro cotado a R$ 1,52 na média líquida. 

De acordo com os dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a tendência é de mercado firme para o pagamento de julho. 

A alta em junho é importante para a remuneração dos produtores rurais. Após registrar queda de 5,17% no pagamento de maio, a situação dos pecuaristas era considerada crítica uma vez que, no período de entressafra, os custos de produção ficam mais altos, principalmente, pela falta de pastagem. Além disso, com o real desvalorizado frente ao dólar, as exportações de grãos e carnes se tornam mais interessantes, o que alavanca os preços do milho e da soja, insumos utilizados na ração animal.

Segundo os dados do Cepea, assim como em Minas Gerais, na média Brasil líquida o preço pago ao produtor, em junho, referente à captação de maio, atingiu R$ 1,51 por litro, forte alta de 9,8% em relação ao mês anterior. Os pesquisadores do Cepea destacam que, normalmente, existe a tendência sazonal de aumento das cotações entre março e agosto, uma vez que a produção de leite é prejudicada pela baixa disponibilidade de pastagens em decorrência da diminuição das chuvas.

Com o avanço da entressafra da produção no Sudeste e Centro-Oeste e a estiagem no Sul, a captação de leite seguiu limitada. O Índice de Captação Leiteira (Icap-L) do Cepea registrou queda de 0,2% de abril para maio na média Brasil e acumula diminuição de 12,6% neste ano.

Disputa entre laticínios – Dessa forma, a menor captação em maio acirrou a competição entre os laticínios para a compra de matéria-prima. Os pesquisadores destacam que a demanda elevada e a oferta restrita ficaram evidentes em maio, que registrou aumento de 6,7% do preço médio mensal do leite spot (negociação de leite cru entre indústrias) em Minas Gerais frente a abril, em termos nominais. 

Desde o mês passado, analistas do setor já apontavam para uma tendência de valorização dos preços a serem pagos ao produtor de leite. Entre os fatores estava a recuperação do consumo de lácteos, favorecida pelo pagamento do auxílio emergencial concedido pelo governo federal. Por outro lado, devido às incertezas provocadas pela pandemia do Covid-19, como a queda da renda e aumento do desemprego, houve uma redução da oferta de produtos por parte da indústria. 

Segundo o Cepea, a menor oferta de matéria-prima em maio intensificou a redução dos estoques de UHT, muçarela e leite em pó. Os pesquisadores do Cepea ressaltam que os estoques já vinham limitados devido a menor produção em abril por conta das incertezas geradas pela pandemia de coronavírus. Além disso, agentes de mercado consultados pelo Cepea informaram que a demanda por derivados lácteos se mostrou mais firme em maio na comparação com abril, cenário que favoreceu a recuperação das cotações dos lácteos.

Para o pagamento de julho, a tendência é de alta nos preços. De acordo com as informações do Cepea, no preço do mercado spot houve avanço nas duas quinzenas de junho, com maior intensidade na segunda. Pesquisas do Cepea mostram que, na média desse mês, o preço spot em Minas Gerais ficou 45% acima do valor de maio, em termos nominais, chegando a R$ 2,28 por litro, o que vai contribuir para um preço maior a ser pago em julho para o produtor, referente à produção de junho. 

A pesquisa diária de derivados do Cepea mostrou que os estoques de UHT e muçarela seguiram limitados em junho, o que favoreceu as altas acumuladas nas cotações (de 1º a 29 de junho) respectivamente de 8,4% e de 21,2%. No País, o UHT registrou média mensal parcial de R$ 3,19 por litro, 18% acima do valor verificado em maio. A média mensal parcial da muçarela foi de R$ 22,24 por quilo, elevação de 22,8% na mesma comparação.

 

Regiões – Ao longo de junho, referente à produção entregue em maio, foi registrada valorização nos preços pagos aos pecuaristas em todas as regiões de Minas Gerais. No Vale do Rio Doce, a alta foi de 10,89%, com o litro de leite negociado a R$ 1,43. O pecuarista da Zona da Mata vendeu o litro de leite, na média líquida, a R$1,40 em junho, aumento de 10,8% quando comparado com o mês anterior.

No Sul e Sudoeste, o preço médio líquido pago pelo litro de leite foi de R$ 1,55, o que representou um avanço de 9% sobre o valor recebido em maio. No Triângulo e Alto Paranaíba, a valorização do leite foi de 9,34%, com o litro comercializado a R$ 1,56. Com alta de 9,67%, o pecuarista da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) recebeu, em média, R$ 1,47 pelo litro.

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