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7 de junho de 2023

Argentina – Rabobank alerta sobre a maior queda da produção de leite

ESPECIAIS
Fonte: La Voz – Tradução livre: www.terraviva.com.br | Foto de capa: Imagem de Petra por Pixabay

Produção/AR – O clima continua cobrando a fatura da produção nacional de leite. Segundo um relatório do Rabobank sobre a atividade a nível mundial, e que foi reproduzido pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), as perspectivas mostram para uma possível queda de produção no segundo trimestre.

“A expectativa é de que a produção se contraia ainda mais no segundo trimestre de 2023. A produção de leite se manteve quase sem variação no primeiro trimestre de 2023, com uma ligeira queda de 0,2% no volume”, diz o relatório do Rabobank.

A perspectiva vai além, afirmando que o clima seco em algumas regiões, os custos elevados de produção e a disponibilidade limitada de forragens irão acelerar a queda da produção no segundo e no terceiro trimestre de 2023.

Segundo os dados do OCLA, o custo de produção, em abril de 2023, foi de 78 pesos argentinos por litro, enquanto o preço do leite ao produtor foi de 89 pesos argentinos por litro, uma ligeira melhora em comparação com as margens de dezembro; entretanto, a rentabilidade diminuirá a partir de maio devido aos altos preços e menor disponibilidade de alimentos e forragens complementares.

Se aproxima um inverno desafiador. Fontes locais indicam que em decorrência da seca que ocorreu no quarto trimestre de 2022 e primeiro trimestre de 2023, os estoques de forragens caíram pela metade, em relação aos níveis normais para esta época do ano.

À medida que se aproximam os meses mais frios, os produtores de leite enfrentarão o desafio de manter a produção com a pouca disponibilidade de fontes alternativas de alimentos e forragens. A seca recente afetou a produção de alfafa, milho, farelo de soja, algodão e vários outros cultivos que limitaram a disponibilidade de alimentos para o gado leiteiro.

O consumo interno é surpreendentemente estável. 

O consumo doméstico mostra sinais de resiliência, apesar das difíceis condições macroeconômicas da Argentina. Ainda que a inflação continue crescendo e tenha ficado acima de 100% anual, o consumidor médio está encontrando formas de manter o consumo geral per capita de produtos lácteos, embora possa registrar ligeira queda na segunda metade do ano, com redução real do poder de compra da população. 

Lácteos: o comércio exterior argentino perde o ritmo

As exportações têm um fraco início de 2023. Em termos de volume, as exportações caíram 13% no primeiro trimestre de 2023, segundo o Ocla, em comparação com o mesmo período de 2022.

O Brasil recuperou a posição de principal destino das exportações argentinas. Isto se deve em parte às vantagens de ser membro do Mercosul e os preços mais altos, em comparação com outros mercados mundiais.

A consolidação da base produtiva está proporcionando resiliência. O número de produtores de leite continua diminuindo, o que resulta em maior produtividade e um rebanho médio maior: um padrão similar ao observado nos Estados Unidos da América, Nova Zelândia e outros mercados exportadores de produtos lácteos.

Isto impulsiona os ganhos de produtividade e o aumento da profissionalização, tornando a produção de leite em geral mais resistente aos impactos atuais do clima seco e a disponibilidade limitada de alimentos e forragens.

Clima

O Serviços Nacional de Meteorologia prevê uma probabilidade de 90% para as condições de que ocorra El Niño no Oceano Pacífico até meados e fins de 2023. Isto geralmente significa maiores riscos de chuvas intensas no sul, Sul da América e partes da América do Norte.

Entretanto, representa maiores riscos de seca na Oceania no final deste ano, embora o impacto dependerá do momento e da força do evento.

O dólar estadunidense se mantém forte apesar das questões relacionadas ao teto da dívida.

A recuperação da demanda por lácteos na China, não está acompanhando o forte crescimento nacional da produção de leite. E esta pode demorar mais tempo do que o previsto para se ajustar à queda do preço do leite ao produtor e o elevado custo da alimentação animal. Assim sendo, o Rabobank não acredita que haverá melhora do preço do leite ao produtor no curto prazo.

O preço do gás natural voltou aos níveis do primeiro trimestre de 2021, e continuam caindo com o menor consumo decorrente do clima mais temperado da primavera e do racionamento industrial. Os custos de energia mais baixos deverão ajudar as indústrias de laticínios durante o verão.

Acesse aqui a matéria na íntegra

 

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