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ESTATISTICAS DE INTERESSE DA CADEIA LÁCTEA

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ESTATISTICAS DE INTERESSE DA CADEIA LÁCTEA


Déficit de proteínas em idosos pode agravar quadros respiratórios no inverno

ESPECIAIS

06 Aug 2024
Fonte: Diario Lechero - Tradução livre: www.terraviva.com.br | Foto de capa: Imagem de Congerdesign por Pixabay

Leite e saúde – O diretor do Departamento de Nutrição da Universidade do Chile e do Comitê Científico de Lácteos, Rodrigo Valenzuela, alertou sobre as consequências do déficit de nutrientes essenciais, entre eles as proteínas, para populações de risco.

O especialista – que é autor do livro “Lácteos, Nutrición y Salud”, que compila evidências recentes sobre a matéria – destacou que as pessoas idosas, muitas vezes por problemas econômicos, podem ingerir alimentos com menor teor proteico no lugar de ovos, carne e derivados do leite.

Esta última categoria adquire relevância devido ao fato de que as populações consideradas prioritárias no país - idosos, crianças e adolescentes e gestantes - não consomem as três porções sugeridas pelas diretrizes alimentares do Ministério da Saúde.

“É de suma importância saber que quando a nutrição é deficitária a resposta imunológica ou a capacidade do organismo de se defender de vírus ou bactérias é muito menor. A comunidade científica está interessada em promover nutrição que seja suficiente em nutrientes para alcançar este objetivo, e atender às recomendações das Diretrizes de Alimentação”, destacou Valenzuela.

A advertência chega depois de ter havido dois anos de atraso na política de fortificação do leite com vitamina D, um micronutriente que representa níveis significativamente baixos em todas as regiões e faixas etárias no Chile. A defasagem afeta tanto crianças como adultos, pessoas obesas e não obesas, e é igualmente alta em zonas de alta radiação e vida ao ar livre como no extremo sul.

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde 2016-2017, 84% das mulheres entre 14 e 49 anos mostram indicadores insuficientes e 13% alcançam deficiência severa, o que significa um alto risco para a saúde pública, levando-se em consideração sua incidência fundamental para o adequado funcionamento do organismo.

“Um dos maiores desafios para a ingestão de proteínas de alto valor biológico, vitaminas e minerais benéficos para a saúde humana é a carência de uma alimentação adequada por parte das pessoas idosas. Se elas não têm uma assimilação adequada destes macronutrientes é muito maior a probabilidade de que um resfriado comum possa evoluir para condições de maior risco, como uma bronquite ou uma pneumonia”.

No contexto da alimentação mundial, principalmente em países de renda média e baixa, tem sido uma preocupação para diversos organismos internacionais, em especial depois da pandemia e da crise econômica decorrente da emergência sanitária e confinamentos massivos. No Chile, por exemplo, segundo dados do Mapa Nutricional 2021, a desnutrição infantil aumentou 2,6% em 2020.

Nutrição é fundamental

No Chile, o país com maior incidência de obesidade da América Latina, registra um consumo per capita anual de quase 100 litros, abaixo da média dos países desenvolvidos e 30 litros menos do que o parâmetro considerado como recomendável.

No Chile, o consumo de leite é de 155 litros por pessoa/ano, proveniente em sua maioria do queijo (9,8 quilos), leite fluido (22 litros) e iogurte (12 litros). A cifra está abaixo das recomendações da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), que é de 180 litros, e muito distante da ingestão registrada na Suécia e Suíça, que superam 300 litros.

As estatísticas assustam a comunidade acadêmica já que evidências científicas recentes constatam o efeito protetor dos lácteos em diversos sistemas fisiológicos, tais como o cardiovascular, gastrointestinal ou imunológico. Neste último, os estudos vincularam este benefício com os ácidos graxos saturados, que teriam um efeito neutro ou inverso nos níveis de biomarcadores inflamatórios circulantes.

O Comitê Científico dos Lácteos – uma aliança de pesquisadores estimulados pelo Consorcio Lechero – enfatiza que nutrição adequada tem um papel fundamental para proteger as pessoas diante de doenças não fatais, e que comprometem a saúde.

Valenzuela destaca que a preocupação ao nível da comunidade acadêmica local é que existe baixo consumo dos principais grupos de alimentos definidos pelas Diretrizes: lácteos, frutas, verduras, legumes, pescados e mariscos. Pelo contrário, está sendo registrado ingestão excessiva de pão, massas em geral, frituras, bebidas açucaradas e alcoólicas, que representam mais calorias e menos nutrientes essenciais.

Quando uma pessoa tem uma nutrição adequada, toda sua capacidade de defesa frente a doenças infecciosas ou patologias crônicas não transmissíveis melhoram. O especialista do programa Gracias a La Leche esclarece que os lácteos são fundamentais no fornecimento de proteínas de alto valor biológico - principalmente se for levado em consideração sua acessibilidade – gerando um impacto direto na capacidade imunológica.

A ciência derrubou o mito de que os lácteos pioram as enfermidades respiratórias, em decorrência da percepção de que podem aumentar a produção de muco em doenças que vão da asma aos resfriados comuns. Um estudo realizado na Espanha estimou que uma de cada três pessoas temia que a ingestão deste alimento poderia aumentar a mucosidade existente nas vias respiratórias.  

Pelo contrário, as proteínas de alto valor biológico que estão presentes no leite são favoráveis para a saúde nesta área. Por exemplo, os prebióticos dos lácteos fermentados (entre eles o leite cultivado ou iogurte) são recomendados para pessoas diagnosticadas com patologias relacionadas, sugere o diretor do Departamento de Nutrição da Universidade do Chile.

A ingestão de determinados alimentos não se relaciona com não contrair determinadas infecções respiratórias, mas a importante capacidade que nosso organismo adquire para se defender dos patógenos. De fato, o consumo de alimentos com vitaminas A, E, e D como leite e outros derivados está relacionado com a diminuição de doenças respiratórias.

“Os lácteos não aumentam a produção de mucos no desenvolvimento destas patologias, uma crença que foi comprovada como errônea pela ciência”, destacou Valenzuela, lembrando que as proteínas de alto valor biológico são fundamentais para populações como crianças, grávidas e idosos. Além das vitaminas, o leite tem cálcio, aumentando o valor nutricional dos derivados, que contribuem para o desenvolvimento integral e a prevenção de problemas de saúde.

Para uma criança, por exemplo, estima-se que o leite fornece até 40% de suas necessidades nutricionais.

Lácteos e saúde

De acordo com os dados do “Primeiro Estudo de Hábitos de Consumo de Lácteos em Crianças”, realizado em 2018 pelo município de Estación Central, o departamento de Nutrição da Universidade do Chile e o Consorcio Lechero, uma grande maioria dos entrevistados ingeria menos de três porções recomendadas pelas Diretrizes Alimentares.

Rodrigo Valenzuela detalha que, além de proteínas, cálcio e fósforo (o que tem benefícios a nível das células em geral), o aporte de vitamina A, D e E tem importantes impactos na saúde respiratória. Para os idosos, a evidência é contundente em relação à contribuição na prevenção das condições da saúde cardiovascular, a conservação da massa muscular e a prevenção da osteoporose.

Embora as pessoas da terceira idade recebam uma fórmula láctea nos centros de saúde da família, uma política, que de acordo com o especialista fornece grande parte das necessidades, sua efetividade em termos populacionais é limitada comparativamente àquela que incide sobre os grupos da primeira infância. Tudo isto deve ser avaliado dentro de um contexto no qual o acesso de proteínas de qualidade, devido a fatores econômicos, sofre nos segmentos dos mais idosos, afirma o acadêmico da Universidade do Chile.

“As pessoas maiores de 60 anos têm uma grande tolerância a produtos como queijo fresco, que são os preferidos como fonte de nutrientes sem efeitos adversos. Estes alimentos fermentados podem não somente proteger a saúde respiratória, como também prevenir quadros de maior gravidade. Por isso, sempre são recomendados como fontes de proteínas, considerando que em muitos casos, somado ao tema econômico, muitas pessoas da terceira idade deixam de ingerir carne ou leite por doenças estomacais”.

No caso de crianças e grávidas, a recomendação é similar, acrescenta o diretor do Comitê Científico de Lácteos. “Os produtos lácteos que têm probióticos protegem a saúde respiratório devido a que estes microrganismos, particularmente os lactobacilos competem com os patógenos que atacam o trato respiratório, evitando que os vírus ou bactérias possam ocasionar danos de maior gravidade”.   

Acesse aqui a matéria na íntegra

 

Déficit de proteínas em idosos pode agravar quadros respiratórios no inverno Leia mais no texto original: https://terraviva.com.br/selectus/?idto=48779&not=deficit-de-proteinas-em-idosos-pode-agravar-quadros-respiratorios-no-inverno Leite e saúde – O diretor do Departamento de Nutrição da Universidade do Chile e do Comitê Científico de Lácteos, Rodrigo Valenzuela, alertou sobre as consequências do déficit de nutrientes essenciais, entre eles as proteínas, para populações de risco. @2025 TerraViva®- É livre o uso da matéria desde que sejam informadas as fontes. + outras noticias em: https://terraviva.com.br/noticias

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