SELECTUS - O diário do Leite – Um Conjunto de Editoriais, quais:
ESTATISTICAS DE INTERESSE DA CADEIA LÁCTEA
SELECTUS - O diário do Leite – Um Conjunto de Editoriais, quais:
ESTATISTICAS DE INTERESSE DA CADEIA LÁCTEA
México - O presidente do Conselho de Exportação de Lácteos dos EUA (USDEC), Tom Vilsack, destaca quatro pontos chaves a serem defendidos, em seu encontro com outras lideranças do setor lácteo dos Estados Unidos, representantes do governo mexicano, imprensa, e organizações de laticínios.
"O principal propósito desta viagem é mostrar que se as indústrias de laticínios dos EUA e do México permanecerem unidas, ambas ganharão", diz Vilsack. "Trata-se de celebrar esta forte relação pelo que ela realmente é, uma parceria que beneficiou ambos os países".
Vilsack dirigirá o Fórum Nacional de Laticínios na Cidade do México, um encontro anual de produtores de leite mexicanos para discutir questões que afetam a indústria. Também está programada a participação de representantes do governo estadual e federal do México.
Jim Mulhern, presidente da Federação Nacional de Produtores de Leite (NMPF), e Michael Dykes, presidente da Associação Internacional de Alimentos Lácteos (IDFA), se juntarão a Vilsack no encontro.
Em uma entrevista, Vilsack explicou as quatro principais mensagens que ele está tentando transmitir esta semana:
1. O México é um cliente muito importante para os EUA.
"No ano passado, o México foi o maior mercado de exportação dos EUA, com vendas de US$1,2 bilhões, quase 1/4 de todas nossas exportações. Vendemos o México leite em pó, queijo, proteína de soro de leite, lactose e outros produtos lácteos. ”
"As exportações de produtos lácteos para o México representaram 3,7% da produção de leite dos EUA no ano passado - cerca de 8 bilhões de libras ou o leite de aproximadamente 345 mil vacas." As indústrias de laticínios estão construindo uma forte e dinâmica relação com o México nos últimos 15 ou 20 anos. O USDEC e a NMPF reuniram-se com uma delegação de produtores e processadores de lácteos mexicanos e desenvolveram um memorando de entendimento para continuar a construir e fortalecer a relação. O memorando cria uma aliança entre os EUA e o México que irá se reunir anualmente para trocar informações, rever as tendências do setor e identificar e buscar soluções para problemas que afetam ambos os lados.
2. É importante preservar o que é bom no Acordo de Livre Comércio da América
do Norte (NAFTA).
"Queremos preservar o que é bom no NAFTA e fortalecer o que for preciso", disse Vilsack. "Obviamente, qualquer acordo que existe há algum tempo tem áreas onde pode haver melhorias". O acordo funcionou em benefício de ambos os países. "Há uma crescente demanda por produtos lácteos no México e é necessário que o México importe uma parcela substancial de sua demanda sem prejudicar a indústria local. Desde 1994, quando o NAFTA foi implementado, a produção de leite mexicana aumentou 58% e todo esse aumento da produção foi absorvido pelo aumento da demanda dos consumidores no México, graças à união de esforços do setor lácteo dos EUA, dos produtores e processadores mexicanos. Graças ao NAFTA, os fornecedores de lácteos dos EUA não enfrentam nenhuma tarifa e cotas em embarques para o México, raridade no comércio agrícola. O Acordo de Livre Comércio da América do Norte abriu uma porta importante para o México que não queremos fechar", disse Mulhern na declaração conjunta do USDEC e NMPF, instando que a Administração Trump a não abandonar as oportunidades de exportação, uma vez que os Estados Unidos já se retiraram da Parceria Transpacífico, e reconsiderem o papel do NAFTA.
3. Não conceder à União Europeia as indicações geográficas.
"Somos o principal fornecedor de produtos lácteos para o México, com uma participação superior a 70% do mercado de importação", disse Vilsack. "Mas a União Europeia (UE) e a Nova Zelândia (NZ) estão buscando bruscamente acordos de livre comércio com o México que pode afetar severamente a posição dos EUA, especialmente se as disposições do NAFTA forem revistas ou removidas. Queremos ressaltar uma preocupação que já expressamos às autoridades mexicanas em várias ocasiões, a de que não podem e não devem fazer concessões à UE em relação às Indicações Geográficas (IG) que prejudicariam as oportunidades de acesso ao mercado. Os termos de indicação geográfica excessivamente rigorosos forçariam os fazendeiros e produtores de alimentos fora da Europa a renomearem seus alimentos com nomes desconhecidos, particularmente no que se refere ao queijo, bem como outros alimentos como carne e vinho. Nomes comuns como Parmesão, Feta e Provolone estão ameaçados. Os consumidores mexicanos ficariam confusos com nomes desconhecidos se os produtos viessem de um país que não é da UE, como os dos Estados Unidos, podendo levar a uma redução do consumo de queijo, prejudicando tanto os fornecedores de queijo mexicanos quanto os norte-americanos." Esta conclusão é extraída de um estudo que mostra o que aconteceria nos Estados Unidos se as indicações geográficas fossem concedidas. De acordo com um estudo recente da Informa Economics restringir o uso de nomes comuns através de IGs nos Estados Unidos levaria bilhões da indústria de lácteos, reduziria o consumo de queijo e aumentaria os preços para os consumidores.
4. A parceria láctea bem-sucedida, entre o México e os Estados Unidos, pode
melhorar ainda mais.
"Estou certo de que há coisas em ambos os lados da fronteira, pontos de desacordo que podemos aprender com eles e eles podem aprender conosco, para tentar melhorar a relação comercial", disse Vilsack.
"Os fornecedores dos EUA continuarão ouvindo as necessidades de seus clientes no México e trabalharão para construir uma demanda global por produtos lácteos.”
"Acho que uma das razões para vir ao México esta semana é lembrar aos mexicanos que em um relacionamento comercial você tem que estar presente não só nos tempos bons, mas também nos difíceis", disse Vilsack. "Nós estivemos com eles e os ajudamos durante momentos difíceis. Temos trabalhado com eles para construir o mercado. Esta não é uma situação para apenas vender produtos, é um trabalho conjunto na construção da demanda.”