SELECTUS - O diário do Leite – Um Conjunto de Editoriais, quais:
ESTATISTICAS DE INTERESSE DA CADEIA LÁCTEA
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ESTATISTICAS DE INTERESSE DA CADEIA LÁCTEA
Monitor do PIB - O Monitor do PIB-FGV aponta, na série com ajuste sazonal, crescimento de 0,3% da atividade econômica em janeiro, em comparação a dezembro e de 0,2% no trimestre móvel findo em janeiro (trimestre nov-dez/18-jan/19 comparado ao trimestre ago-set-out/18).
Na comparação interanual, a atividade econômica também apresentou resultados positivos com crescimento de 1,1% no mês e 0,7% no trimestre.
“O Monitor do PIB-FGV mostra que, em janeiro, o PIB brasileiro apresentou crescimento nas taxas de variação mensal e trimestral, seja na análise com ajuste sazonal ou interanual. Contudo, o que vem se observando desde o final de 2018 é uma perda de fôlego da economia explicada, principalmente pela retração da transformação. Esta atividade tem grande poder de impulsionar outros segmentos da economia, impactando diretamente os investimentos, que já começaram também a arrefecer. Por estas razões, a despeito das variações positivas, o cenário econômico não é animador.”, afirma Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV.
Na comparação com o mês imediatamente anterior, na série livre de efeitos sazonais, a atividade econômica cresceu 0,3% em janeiro; com variações positivas nos três grandes setores de atividade. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a atividade apresentou crescimento de 1,1%, em janeiro. Nesta comparação, apenas a indústria de transformação, a construção e os impostos apresentaram recuo (-2,9%, -1,5% e -1,5%, respectivamente). Os demais componentes da atividade econômica, tanto da oferta quanto da demanda, apresentaram variação positiva, com destaque para os significativos desempenhos da exportação, da importação e, da agropecuária (14,2% e 7,7% e 6,5%, respectivamente).
ANÁLISE DESAGREGADA DOS COMPONENTES DA DEMANDA
A análise desagregada dos componentes da demanda foi feita usando a série trimestral interanual por apresentar menor volatilidade do que as taxas mensais e aquelas ajustadas sazonalmente permitindo melhor compreensão da trajetória de seus componentes.
Consumo das famílias
O consumo das famílias cresceu 1,4% no trimestre móvel findo em janeiro, em comparação ao mesmo trimestre no ano anterior. Conforme apresentado no Gráfico 4 ao lado, todos os componentes do consumo cresceram nesta comparação, embora o consumo de serviços tenha sido o grande responsável por esta variação com uma contribuição positiva de aproximadamente 80% para esta taxa (1,1 p.p.).
Formação bruta de capital fixo
A FBCF, apesar de apresentar variação positiva de 2,4% no trimestre móvel findo em janeiro, em comparação ao mesmo trimestre em 2018, segue em trajetória descendente. Máquinas e equipamentos ainda são o componente que mais contribuiu para esse crescimento, embora essa contribuição venha diminuindo significativamente desde o terceiro trimestre de 2018, conforme apresentado no Gráfico 5 ao lado.
Exportação
A exportação apresentou crescimento de 13,6% no trimestre móvel findo em janeiro, comparativamente ao mesmo trimestre de 2018, continuando sua trajetória ascendente. A exportação de bens de capital (70,2%, principalmente referente a plataforma) e de produtos da agropecuária (45,8%) responderam por 83% desse crescimento. Os destaques negativos são referentes a exportação de serviços (-6,2%) e dos bens de consumo (bens de consumo duráveis retraíram 45,4%, devido principalmente a automóveis, e bens de consumo não duráveis retraíram 2,3%).
Importação
A importação apresentou crescimento de 4,9% no trimestre móvel findo em janeiro, comparativamente ao mesmo trimestre em 2018. Chama a atenção que esse crescimento é devido ao desempenho excepcional dos bens de capital que cresceram 86,9% na taxa trimestral. Essa significativa variação positiva foi influenciada, principalmente, pela importação de plataforma.
MONITOR DO PIB EM VALORES
Em termos monetários, o PIB de janeiro de 2019, em valores correntes, alcançou a cifra estimada em aproximadamente 573 bilhões e 500 milhões de Reais.
A partir das informações disponibilizadas em valores correntes e a preços constantes de 1995, foi calculada a taxa de investimento (FBCF/PIB) mensal brasileira. A série histórica, iniciada em 2000, analisada a preços de 1995, mostra que, em janeiro de 2000, a taxa de investimento era de 18,3%. Passados aproximadamente dezenove anos, esta taxa é de apenas 17,3% em janeiro de 2019. Vale registrar que o ápice de toda a série histórica foi em outubro de 2013, em que a taxa de investimento foi de 24,2%, a preços constantes.
APÊNDICE – NOTA EXPLICATIVA
O Monitor do PIB-FGV estima mensalmente o PIB brasileiro em volume e em valor. O objetivo de sua criação foi prover a sociedade de um indicador mensal do PIB, tendo como base a mesma metodologia das Contas Nacionais do IBGE. Sua série inicia-se em 2000 e incorpora todas as informações disponíveis das Contas Nacionais (Tabelas de Recursos e Usos, até 2016, último ano de divulgação) bem como as informações das Contas Nacionais Trimestrais, até o último trimestre divulgado (quarto trimestre de 2018).
O indicador é ajustado às Contas Nacionais Trimestrais sempre que há mudanças metodológicas e a cada trimestre divulgado. Ou seja, nos trimestres calendários, as médias trimestrais dos índices de volume do Monitor do PIB-FGV serão iguais aos indicadores trimestrais, sem ajuste sazonal, das Contas Nacionais Trimestrais. Nos trimestres calendário, são utilizados os mesmos modelos do IBGE para calcular todas as séries desagregadas com ajuste sazonal, tanto pela ótica da oferta, como da demanda. Para o ajuste sazonal mensal é utilizado o modelo mensal do IBC-Br, do Banco Central; para os trimestres móveis utiliza-se uma média desses ajustes mensais.
Assim, as estimativas do Monitor do PIB-FGV antecedem os resultados das Contas Nacionais Trimestrais nos meses em que este é divulgado. E, nos meses em que não há divulgação, o Monitor representa uma excelente antecipação para as tendências do PIB e seus componentes.
O Monitor do PIB-FGV compõe-se de um relatório descrevendo os principais resultados com ilustrações gráficas e de uma tabela Excel com informações de volume, em valores correntes, e a preços de 1995 das 12 atividades econômicas que agrupadas formam os 3 setores de atividade (agropecuária, indústria e serviços). Apresenta, ainda, o Valor Adicionado a preços básicos, os impostos sobre os produtos e o PIB e também os componentes do PIB pela ótica da demanda. Outro ponto a ser destacado é que o Monitor torna disponíveis desagregações que não são divulgadas pelo IBGE, mas que são relevantes para um melhor entendimento da absorção doméstica e da demanda externa. As desagregações disponibilizadas pelo Monitor são:
Consumo das Famílias: bens de consumo duráveis, semiduráveis, não duráveis e serviços. Adicionalmente eles são classificados em nacionais e importados;
Formação Bruta de Capital Fixo: em máquinas e equipamentos, construção e outros. Para máquinas e equipamentos e outros, há a desagregação entre nacionais e importados;
Exportações e Importações: em produtos agropecuários, produtos da extrativa mineral, produtos industrializados de consumo (duráveis, semiduráveis e não duráveis), produtos industrializados de uso intermediário, bens de capitais e serviços.
São divulgadas as séries de base móvel, séries encadeadas, séries encadeadas dessazonalizadas, as taxas mensais, trimestrais e anuais comparadas a igual período do ano anterior e as taxas mensais e trimestrais comparadas a período imediatamente anterior, e os valores nominais correntes e a preços de 1995. Uma metodologia detalhada está disponível aqui.