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ESTATISTICAS DE INTERESSE DA CADEIA LÁCTEA

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Argentina – O coronavírus abriu na indústria um mercado de disputa

DESTAQUE

06 Apr 2020
Agrovoz – Tradução livre: Terra Viva

Produção/AR – A produção de alimentos está fora do isolamento social preventivo obrigatório, mais ainda no caso da produção de leite que não pode parar por questão biológica: as vacas precisam ser ordenhadas todos os dias.

Isto não significa ausência de protocolos sanitários, eles são aplicados. Também não escapa das incertezas econômicas reinante em decorrência da pandemia do coronavírus, e que na Argentina se soma à recessão de quase dois anos.

Sem dúvida, a frase de que toda crise gera também oportunidades tem sido aplicada à produção de leite.

 

Segundo reconheceram ao Agrovoz os presidentes da Câmara dos Produtores de Leite de Córdoba (Caprolec), Luis Beltramino; e a Câmara dos Produtores de Leite de Santa Fe (Meprolsafe), Fernando Córdoba; existem empresas de laticínios que estão “tentando” os produtores para que eles entreguem leite, oferecendo preços maiores do que o mercado. O titular da Meprolsafe vivenciou de forma particular em sua fazenda localizada no departamento de Castellanos, no centro-oeste de Santa Fe, ao lado do nordeste cordobês, as zonas que em seu conjunto configuram a maior bacia leiteira da América do Sul.

 

“Dias atrás fui consultado se não estaria disposto a mudar de empresa. Uma indústria da região de Rosario me ofereceu pagar antecipado e me disse que poderia chegar a 20 pesos por litro, [R$ 1,65/litro]. Outra é uma Pyme de San Francisco que me ofereceu 19,20 pesos por litro, [R$ 1,58/litro]”, sintetizou Córdoba.

 

Em fevereiro, segundo os dados coletados mensalmente pelo Departamento Nacional de Laticínios, o preço médio pago na Argentina pelo litro de leite cru estava em 17,84 pesos, [R$ 1,47/litro]. Por província, em Santa Fe era 17,96 pesos, [R$ 1,48/litro] e em Córdoba, 17,57 pesos, [R$ 1,45/litro].

 

Beltramino, por outro lado, é da região de Morteros e afirma que em geral o preço do leite entregue em março ronda entre 18,30 e 18,60 pesos, [R$ 1,51/litro e R$ 1,53/litro]. “Mas tenho conhecimento de que existem indústria oferecendo 20 pesos, [R$ 1,65/litro]”, admitiu.

 

Produção e demanda

Os dirigentes concordaram que esta oportunidade conjuntural se deve ao fato de que antes da chegada da pandemia à Argentina, já estava sendo registrada uma recuperação do consumo. A maior demanda foi por leite fluido, que coincidiu com a queda sazonal da produção que foi maior do que a esperada. “O problema não foi tanto a seca, porque foram uns 35 a 40 dias que faltaram as chuvas e as pastagens de alfafa resistiram bem, mas o estresse calórico que sofreram as vacas pelas altas temperatura”, explicou Beltramino.

 

O produtor pode confirmar junto com a indústria que o consumo vinha se recuperando e houve um pico de demanda nos dias anteriores à adoção da quarentena, em que as famílias compraram grandes volumes de lácteos. Segundo Córdoba, “houve estocagem de leite UHT e garrafas de leite por parte do consumidor. Hoje, com a população confinada em suas casas, consomem mais ainda”.

 

Isso está obrigando muitas empresas, sobretudo pymes, saírem em busca de leite e oferecer preços maiores. “Outras, é provável que estejam precisando cumprir contratos de exportação”, continuou Beltramino.

 

Sem futuro

De qualquer forma, os representantes do setor lácteo avaliam que é uma situação conjuntural e dificilmente continuará nas próximas semanas. “Não sei quanto tempo pode durar esse movimento”, disse Córdoba.

 

A indústria concorda. Ercole Felippa, presidente da cooperativa de laticínios Manfrey, destacou, por exemplo, que não é uma tendência sustentável no longo do tempo.

 

“Pode ser que tenha havido maior demanda de leite nesses dias, que coincidiu com a menor oferta. Mas, as empresas que estão há muitos anos na atividade e que adotam uma política sustentável de longo prazo, não sairão fazendo distorções no mercado e subir muito o preço quando falta leite, e baixá-lo quando sobra”, destacou.

 

Olhando por esse ângulo, “pode haver, particularmente, alguma que se disponha a pagar um sobrepreço; mas, é por uma questão sazonal e algo totalmente atípico”, insistiu.

 

Na mesma linha, Javier Baudino, vice-presidente da Associação de Pequenas e Médias Empresas de Laticínios (Apymel), disse: “Existe maior demanda, mas, acredito que seja muito rápida”.

 

Para ele, é resultado da crise inevitável que vem como consequência de uma economia paralisada, “isto vai acabar e as indústrias junto com os produtores deverão encontrar solução para os estoques, que não serão poucos”.

 

“Até agora houve compras especulativas, inclusive por parte das cadeias, e o lógico é que as compras começam a diminuir. É tudo muito incerto”, acrescentou.

 

Argentina – O coronavírus abriu na indústria um mercado de disputa Leia mais no texto original: https://terraviva.com.br/selectus/?idto=27115&not=argentina-o-coronavirus-abriu-na-industria-um-mercado-de-disputa-27115 Produção/AR – A produção de alimentos está fora do isolamento social preventivo obrigatório, mais ainda no caso da produção de leite que não pode parar por questão biológica: as vacas precisam ser ordenhadas todos os dias. @2025 TerraViva®- É livre o uso da matéria desde que sejam informadas as fontes. + outras noticias em: https://terraviva.com.br/outras-noticias
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